Acabou a minha última volta a Portugal. Foi uma edição que levei bem a sério o “sangue, suor e lágrimas” de Churchill.
O ponto alto desta última parte era mesmo a minha última Sra. da Graça. E mesmo com estes contratempos todos quando me apresentei na linha de partida tinha a famosa “pele de galinha”, pois esta etapa sempre foi a minha rainha – era a mais mítica chegada em alto que tinha perto de casa.
Quando já estava a recuperar das quedas da primeira parte desta volta a Portugal, fui ao chão em vésperas de Sra. da Graça. E se até aqui a nível pessoal as coisas não estavam a desenrolar-se como eu desejava, a partir daqui foi o descalabro total, pois voltei a ressentir-me das dores nas costas e no joelho direito, que embateu com violência no solo.
Foi uma etapa que cedo descolei, pois não aguentava com as dores nas costas, pelos motivos que já expliquei. Tentei encontrar um grupo que me fizesse chegar são e salvo até ao final. Mas o que se veio a passar nos 8km da ascensão final ficará para sempre na minha memória! Entre muitos “obrigado Tiago” no grupo em que ía inserido um adversário, que para além de ter sido meu companheiro de equipa no passado, é um amigo e fez questão que eu fosse o primeiro daquele grupeto, a 20′ do vencedor.
Mal cruzei a linha de meta foi impossível conter a emoção e tive de descer até ao autocarro o mais rápido possível para poder soltar toda a emoção que se tinha apoderado de mim!
O último dia (contra-relógio entre Porto e V. N de Gaia), que antigamente era a minha arma. Cumpri o meu ritual de sempre! Mas como diria o meu saudoso amigo Zé Eduardo, quem andou já não tem para andar! E é bem verdade! Dei o meu máximo mas foi insuficiente. O apoio que tive durante todo o Crono com ” vai Tiago, obrigado Tiago “, vénias , cartazes e tarjas, faz com que este seja outro dos dias difíceis de esquecer.
Não me sinto derrotado, pois sempre que perdi senti-me um vencedor, porque dei sempre tudo de mim.
Agora há que recuperar que ainda tenho as últimas pedaladas da época!