10 anos depois regressei à prova Rainha do ciclismo em Portugal – a Grandíssima. E embora tenha estado ausente umas, esta foi a minha sexta participação, pois estive presente de 2005 a 2009. Nessas participações o meu melhor resultado foi 5º lugar na classificação geral. Fui vencedor por 3 ocasiões do Prémio da juventude – continua a ser meu recorde da prova!
Desde novembro do ano passado que comecei a trabalhar de forma a estar bem e a melhorar o que já tinha feito no passado. Foram meses de muito trabalho e empenho! Mas desde cedo vi que não ia ser fácil melhorar, pois percebi que os meus adversários estavam mais fortes.
A etapa da Torre era o meu dia D e até aos 3kms finais ía mantendo o contato com o grupo dos favoritos, ora umas vezes com eles, outras a alguns segundos. À passagem do túnel ainda ía a 20sg, mas daí até ao final foi um calvário, pois quebrei muito e nem no meu ritmo conseguia ir – chego a 1m54s do vencedor. Muito tempo perdido, mas de consciência tranquila que havia deixado tudo na estrada.
Os dias iam passando e via que seria muito difícil melhorar, não por estar mal fisicamente, mas porque os meus adversários estavam num melhor momento.
Pelo caminho os azares iam \”assombrando\” a minha equipa. Se no dia da Torre foi o Alex Marque a ficar numa queda que o impossibilitou de lutar por melhor lugar na geral, na etapa Rainha da volta – que para mim é a Sra da Graça, foi a vez de o Fred cair pela 3ª vez. E se nas duas primeiras \”apenas\” cedeu segundos, aqui foi mais grave pois partiu o radio! Foi um verdadeiro campeão que terminou a etapa em 5º, subiu a 7º da geral, mas no dia seguinte ja não pode alinhar e defender o seu Top10 no crono final!
No que a mim diz respeito não consegui melhor que o 15º posto na geral, a uns longincuos 12m06 do vencedor. Admito que não foi o que queria, nem para o que tanto trabalhei, longe disso! Mas quando os adversários estão mais fortes não se pode fazer nada!
Para terminar agradecer a todos pelo apoio ao longo destes 12 dias, em especial à minha família que sofreu tanto ou mais que Eu. Não deve ser fácil estar na berma da estrada, ver o meu sofrimento e não poder fazer nada.